Jornal Palco – O Jornal da Classe dos Artistas – Ano I – Nº 3 – 6 a 13 Junho 2009
Diretor responsável e reportagens: Passos Camargos
Capa:
Páginas 8 e 9:
Detalhe do texto do jornal:
Jornal Primeiro Lance – Leilões & Outros – Ano VIII – Nº 439 – 12 a 20 Junho 2009
Diretor responsável e reportagens: Passos Camargos
Capa:
Páginas 8 e 9:
Detalhe do texto de Souto Neto:
O UNIVERSO PICTÓRICO DE RUBENS FARIA GONÇALVES
Acompanhei o trabalho silencioso de Rubens Faria Gonçalves ao longo do tempo. Silencioso, porque Rubens criava para satisfazer a sua necessidade íntima de uma busca estética através da manifestação pictórica baseada em pesquisa e seriedade, e os seus trabalhos não eram exibidos senão a uns raros amigos que frequentavam seu estúdio. Realmente, ele não expressava a necessidade de mostrar a sua obra, nem com ela competir em certames artísticos.
Fomos nós, uns poucos amigos, que conseguimos convencê-lo a começar a dar a público a sua arte. E ele iniciou, quase timidamente, expondo no I SBAI – Salão Banestado de Artistas Inéditos, quando foi premiado pela comissão julgadora daquele certame, composta dos renomados artistas plásticos Mazé Mendes, Alberto Massuda e Jair Mendes.
No estúdio do artista, nas ocasiões em que vi a superfície branca ser cingida pelos tons fortes e a espátula espargindo cores que os pincéis alinhavam, houve sempre um som ao fundo, fosse no cristal da voz de Elis Regina, na cadência maravilhosa de Billie Holliday, ou na rouquidão cheia de indagações e sensualidade de Marlene Dietrich, ou ainda em árias conhecidas interpretadas por Maria Callas. Dessa amálgama, das mãos do artista que se movem ao som dos amplificadores e que se mancham das cores fortes que usa, nascem as figuras humanas, enigmáticas, às vezes etéreas, os braços das misteriosas mulheres que abarcam os limites da tela, e as expressões dos rostos, tudo isso na composição de um universo que não procuro entender, nem decifrar. A mim, basta sentir a profunda impressão que me causa a sua pintura, e a emoção do resultado estético advindo do fecundo momento mágico em que o nascimento de uma obra de arte, dum artista autêntico, se completa. (Escrito por Francisco Souto Neto, a convite, para os dois jornais, de São Paulo, de Passos Camargos).
-o-
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